O valor da paciência
08/05/2014 - 09:50
Alguém disse, um dia, que a paciência é a arma dos fracos.
Nada mais falso: a paciência, ao contrário, talvez seja o estágio mais avançado de força que um ser humano pode atingir.
Algumas pessoas neste mundo são capazes de derrubar um exército inteiro com a força das mãos, e por isso se julgam fortes.
Outras são capazes de arriscar a própria vida pelos motivos mais banais, e por isso se julgam fortes.
Mas, pensando bem: quantos de nós são capazes de suportar uma longa aflição, sem queixar-se uma única vez?
Quantos são capazes de tolerar o sofrimento, a tristeza, a doença e as pequenas contrariedades da vida, em silêncio, dia após dia, e mesmo assim tirar ânimo, sabe-se lá de onde, para continuar acreditando na sorte e na felicidade?
Não há dúvida de que é preciso ser forte para derrubar um exército ou arriscar a vida. Mas é preciso ser ainda mais forte para levantar da cama, disposto a tentar novamente, mesmo já tendo tentado e fracassado um milhão de vezes.
Muita gente se deixa impressionar pela suposta força dos destemidos e valentões. Porém, às vezes, há mais força na paciência, na resignação e na obstinação de certas pessoas aparentemente frágeis do que em qualquer outro lugar.
Quando alguém nos ofende ou desfaz de nosso valor, é normal que sintamos a necessidade de responder à altura, fazer a pessoa engolir suas palavras — mas isso a fará acreditar em nós ou nos respeitar?
Absolutamente, não.
Crescer e aparecer: eis a única forma de fazer alguém mudar de ideia a nossa respeito.
Para isso, é preciso paciência: deixar nossos críticos e agressores falando sozinhos para, de repente, surpreendê-los — não com palavras, mas com obras. Conquistando vitórias que julgavam fora de nosso alcance. Crescendo e aparecendo, enquanto fazem pouco de nós.
Quando vemos nosso sacrifício resultando inútil, nosso esforço todo jogado por terra, é natural que sintamos vontade de chorar e nos revoltar — mas isso vai mudar a realidade?
Absolutamente, não.
Juntar os cacos e recomeçar: eis a única forma de mudar alguma coisa.
Também para isso é preciso paciência: engolir a decepção sem perder tempo com lágrimas inúteis, para voltar à carga com a mesma disposição de antes, como se nada houvesse acontecido.
O desespero, muitas vezes, nasce de nossa própria ignorância: nos julgamos incapazes de suportar determinadas situações, superar momentos de aflição e tristeza, recomeçar do zero.
Mas estamos enganados quando pensamos dessa forma: quem tem paciência para deixar a poeira baixar acaba, mais cedo ou mais tarde, percebendo que o bicho nunca é tão feio quanto parece. E, mais importante do que isso, que somos sempre mais fortes do que imaginamos.
Embora talvez mais difícil, embora às vezes penoso, a paciência é sempre o caminho mais curto e mais certo: aquele que sabe esperar e persistir acaba sempre alcançando a vitória.
Quem aprende a ser paciente sabe que não há nada melhor do que um dia depois do outro.
E que a paciência pode ser amarga como o limão, mas seus frutos são doces como o mel...
Pense Nisso, mas pense agora.
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Redação do Pense Nisso.
Com base no pensamento de Bertrand Rosseau
Em 11.4.2014.
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