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NÃO VENHA ROUBAR MINHA SOLIDÃO, SE NÃO TIVER ALGO MAIS VALIOSO PARA OFERECER EM TROCA

NÃO VENHA ROUBAR MINHA SOLIDÃO, SE NÃO TIVER ALGO MAIS VALIOSO PARA OFERECER EM TROCA

30/04/2020 - 17:19

 Não venha roubar minha solidão, se não tiver algo mais valioso para oferecer em troca.

O titulo do Pense Nisso de hoje foi transcrito da frase proferida pelo filosofo alemão Friedrich Nietzsche, conhecido como o “filosofo da afirmação da vida”.
Nos tempos atuais, tempos de vidas liquidas, onde tudo é descartável, as pessoas se agarram cada vez mais na solidão. E tem na solidão como um estilo de vida positivo.
Dias desses, numa enquete feita por um programa radiofônico, fi feita a seguinte pergunta: - Você acha que é possível ser feliz vivendo sozinho?
Pelas respostas percebemos que a solidão, nos dias de hoje, seja mais atraente do que imaginamos.
Pessoas diziam que: “Com tanta gente fútil que nos cerca, solidão está mais para um remédio”
Haviam aqueles que opinavam dizendo que; “a solidão é luxo, nos dias atuais.
Muitos afirmavam que, preferem a solidão como um modo de se protegerem da infâmia do politicamente correto. Onde você corre o risco de ser processado por dizer "Oi”,que pode ser acusado de assédio ou estupro.E arrematam: “É melhor viver num casulo,do que ter uma dor de cabeça explicando o inexplicável.
O que fica claro, diante dessas afirmações, é que a solidão se tornou uma amiga protetora para a nossa sociedade que tudo é tão liquido, que vê no relacionamento interpessoal, como um problema que somente a solidão resolve!

Se perguntar para alguns homens, porque não se casam e constituem uma família, eles respondem: prefiro um pet, que num provável divorcio, não leva metade dos meus bens e nem me processa.
Muitas mulheres diziam que preferem uma vida de solidão do que ter que conviver com pessoa machista, controladora e sofrer violência doméstica. O que estão corretas.
Será que as redes sociais tem ajudado pra esse processo de individualização da sociedade e esse apego tão grande pela solidão?
É lá, nas redes sociais, que vivemos a fantasia de sermos o que não somos. Garantimos o nosso momento de sermos aquilo que todos querem que sejamos. Só não podemos ser aquilo, que de fato, queremos ser.
A solidão se tornou a nossa amiga. Porque é ela que, aparentemente, nos oferece a proteção. Parece, que é na solidão que encontramos a nos mesmos. Na solidão, nos permitimos tirar as mascaras que precisamos usar para agradar as pessoas da nossa igreja, da nossa família, as pessoas que trabalham conosco e que exigem de nós uma vida que elas querem que vivamos. E não uma vida que seja uma opção nossa; com os acertos e erros. E aqueles de nós que ousamos viver segundo as nossas covicções, corremos o risco de sermos taxados de machistas, feministas, esquerdistas, direitistas, marxistas, fascistas... e outros “istas”. Talvez, a solidão seja o melhor remédios para uma condição psíquica que assola o mundo: a normose.
Mas, o que é a normose?
Normose é um conceito que se refere a normas, crenças e valores sociais que causam angústia e podem ser fatais, em outras palavras, normose é um conjunto de "comportamentos normais de uma sociedade que causam sofrimento e morte"
Mas, isto é um assunto para outro dia...para um outro Pense Nisso..
***
E quanto a frase de Nietzsche, que diz "Não venha roubar minha solidão, se não tiver algo mais valioso para oferecer em troca” -Vamos oferecer algo mais valioso em troca:
Ofereçamos em troca, aquelas coisas, entre aspas, “antiquadas”. Como por exemplo: as visitas entre amigos, com os intermináveis bate-papos, que hoje se extinguiram, graças a dispositivos tecnológicos que permitem contatos na nossa aldeia global, sem sair da frente de um visor;
. Cultivar amizades, distribuir afagos, buscar companheiros para o entretenimento sadio, aplaudir um teatro, sair com colegas de trabalho para uma tarde de lazer junto à natureza são atos a que todos podemos nos propor.
Para espantar a solidão existem fórmulas especiais e muito fáceis. Basta programar-se e convidar amigos para o final de semana.
Abrir o lar para um encontro simpático, sem a exagerada preocupação de servir petiscos muito elaborados, que demandam tempo enorme no seu preparo, quando o tempo deve ser dispensado aos que elegemos para estarem conosco, algumas horas.
Aprendamos a desfrutar da companhia do outro. Deus criou o homem para viver em sociedade. No contato humano é que burilamos experiências e sentimentos, aprendendo a disciplina do próprio proceder.
E, se acaso, formos daquelas criaturas que afirmamos não ter amigos, colegas ou seja quem for para recepcionar ou visitar, há muitos seres no mundo, sem ninguém. Crianças que foram abandonadas e que precisam de um lar e de afeto.
Há os que temem assumir a responsabilidade de adoção plena. Contudo, por que não lhes dispensar algumas horas de carinho por semana?
Preparemos o lar, com brinquedos, alguns pratos diferentes, saborosos e repletemos a alma de felicidade, doando amor.
A mais expressiva técnica para espantar a solidão é dispor-se a amar. E há tantos que esperam pela nossa disposição de amar!
Se temermos buscar em instituições que abrigam esses pequenos, por qualquer questão pessoal que ainda não consigamos vencer, olhemos ao redor.
Não haverá, perto de nós, crianças solitárias e tristes, que anseiem por um gesto de carinho?
O mundo aguarda nosso amor. Espanquemos as nuvens espessas da solidão em que nos abrigamos e comecemos a ser felizes, fazendo alguém feliz, porque o amor somente beneficia a quem ama.
Portanto, vamos viver uma vida menos liquida e parar de solicitar que a solidão seja sólida.
Pense Nisso, mas pense agora

Redação do Pense Nisso.
Em 12.04.2019.


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