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DEIXE O OUTRO FALAR

DEIXE O OUTRO FALAR

DEIXE O OUTRO FALAR

18/01/2022 - 08:00

Deixe o outro falar

Vivemos um momento em que nossas demandas diárias consomem demais o nosso tempo. Nossos compromissos profissionais, sociais, o horário na academia, a consulta médica, o trânsito… tudo de alguma forma exige um pouco de nós. E equilibrar tudo isso numa agenda não é uma tarefa fácil.

Por muitas vezes, falamos com tanta gente, resolvemos os problemas... delegamos... mas erramos quando deixamos de ouvir, quando permitimos entrar no automático…

Barbara sentiu isso na pele.

Ela relacionava-se muito mal com sua filha Samanta. O relacionamento se deteriorava pouco a pouco.

Samanta, que fora uma criança serena e complacente, tornou-se avessa à cooperação, às vezes provocadora. A mãe passava-lhe sermões, ameaçava-a, punia, sem sucesso.

Certo dia, contou Barbara: “simplesmente desisti”.

Samanta tinha desobedecido a mãe. Foi para a casa de uma amiga antes de terminar seus afazeres domésticos. Quando voltou, Barbara estava prestes a estourar com a filha pela milésima vez, mas não teve forças para isso. Limitou-se a dizer:

"Por que, Samanta, por quê?"

Samanta percebeu o estado em que a mãe se encontrava e, com uma voz calma, perguntou: "Quer mesmo saber?"

Barbara disse sim com a cabeça e Samanta contou, primeiro hesitando, depois com uma fluência impressionante.

A mãe fez uma reflexão e concluiu que nunca deu a devida atenção a Samanta. Nunca a ouvira. Sempre lhe dizia para fazer isso ou aquilo.

Quando sentia necessidade de conversar com a mãe sobre as coisas dela, sentimentos, ideias, era interrompida com mais ordens. E então Barbara começou a compreender que a filha precisava mais da mãe - não como uma mãe mandona, mas como uma confidente, uma saída para suas confusões de adolescente.

E tudo o que fazia era falar, falar, quando deveria ouvir. Nunca a ouvira.

A partir daquele momento, a mãe passou a ser uma perfeita ouvinte. Hoje, a filha conta o que lhe passa pela cabeça, e o relacionamento entre as duas melhorou de maneira imensurável.

* * *

Quantos pais neste mundo têm problemas similares com seus filhos? Problemas que seriam amenizados se soubéssemos apenas ouvir um pouco mais.

Como pais, como educadores, por vezes temos a falsa impressão de que precisamos falar, ensinar, proferir lições etc, e eles, os filhos, precisam apenas ouvir.

Quantos pais reclamam que seus filhos não os ouvem e tudo parece que entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas será que esses pais sabem ouvir seus filhos?

Será que esses pais não sabem que o aprendizado não se dá apenas por sermões, por conselhos? Um tempo de qualidade pode fazer toda a diferença. E pra muitos, esta é uma importante linguagem de amor.

O processo de aprendizado, e mais, o processo de construção de uma boa relação familiar, tem que passar pelo diálogo. E quando estamos no campo do diálogo, precisamos entender que este é uma via de mão dupla. Falamos, mas também ouvimos...

Ouvir exige autocontrole, disciplina, respeito ao outro e humildade. Por isso, talvez, ainda seja tão difícil para a Humanidade.

Ouvir nos pede reflexão, paciência e empatia.

Desta forma, procuremos sempre deixar o outro falar. Ouçamos as razões do outro, suas explicações ...

Elas podem não justificar certos atos, mas explicam as razões da outra alma e nos fazem compreendê-la melhor.

Pais, deixemos os filhos falarem! Filhos, deixemos nossos pais falarem!

Famílias, conversem mais. O amor e a paz familiar sairão lucrando sempre.

Pense nisso, mas…

Pense agora.

Pense Nisso baseado em texto do Momento Espírita, com trechos do cap. 6, pt. III, do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie, ed. Companhia Editora Nacional. Em 25.1.2021

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