Assuntos diferentes Revista semanal trouxe pesquisa sobre o momento econômico e social no Brasil. Mostra que a classe C, aquela que foi incorporada ao mercado consumidor nacional nos últimos anos, é a que mais sofre com a atual situação. Você já imaginou a insegurança de uma família dessas em luta para não voltar ao que fora antes? Essa insegurança é que a faz atirar hoje na presidente Dilma. Muita gente dessa classe vai cair para a de baixo. Mostrou ainda a pesquisa outro dado doído, a classe C continuaria a maior do Brasil porque receberia gentes da classe B. Não se pode fazer o diabo para ganhar uma eleição ou para se manter no poder. No meio do caminho tem milhões de vidas humanas que serão maltratadas. A Assembleia Legislativa deveria esclarecer se é verdade ou não que cada deputado, além de salário e verba indenizatória, teria direito a 12 mil reais por mês para pagar uma aposentadoria privada. Por que está provocando barulho? Foi extinto pela própria Assembleia Legislativa o FAP ou o fundo que aposentava os deputados. A sociedade aplaudiu o gesto. Agora se fala que criaram um meio melhor ainda para aposentar parlamentar. Um aporte de 12 mil reais por mês aplicados num fundo bancário para uma futura aposentadoria é melhor até que o antigo FAP. O caso é tão esquisito que a rua pergunta se é verdadeiro ou não. Mas, vem cá, como isso apareceu na imprensa? Como se sabe daquela quantia de 12 mil reais por mês? Esse caso é talvez mais apimentado do que a verba Indenizatória porque as pessoas estão se sentido ludibriadas pela tal extinção do FAP em que não haveria mais aposentadoria de parlamentares com dinheiro público. A discussão sobre a maioridade penal tem argumentos fortes para qualquer dos lados. No meio desse tiroteio apareceram duas propostas interessantes. Uma é que o menor de 18 anos condenado não fosse para a cadeia comum, ficasse em lugar próprio até atingir idade para ir para a prisão. É complicado prender um garoto de 16 anos junto com a bandidagem de uma cadeia. Pode sofrer diferentes tipos de abusos e entraria numa universidade do crime. Ficaria pior do que entrou. Outra proposta é que se aumente substancialmente a pena para o traficante aliciador de menores para vender drogas. Os traficantes os usam e a pena, se forem presos, é pequena porque são menores. A punição maior seria em cima de quem usou os menores para tráfico de drogas. O encontro em Lucas dos governadores do Acre, Rondônia e MT, mais o embaixador chinês no Brasil para discutir a ferrovia para o Pacifico é a forma correta para o assunto não cair no esquecimento. Se juntar os senadores dos três estados mais os de Goiás para pressionar Brasília ficaria ainda melhor. A Assembleia Legislativa, numa espécie de revezamento com a ação dos governadores, deveria puxar as Assembleias daqueles estados para uma discussão também. O assunto não pode morrer. Alfredo da Mota Menezes - e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com