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Indústria em MT

Indústria em MT

28/07/2015 - 11:28

Indústria em MT

Os números apresentados pelo Porto Seco mostram de forma doída que não entrou nenhum pedido de máquina para nenhuma fábrica no estado nos últimos quatro anos. Como é que o estado campeão de grãos não atraiu indústrias de fertilizantes? Como é que um estado que produz 54% do algodão do país não tem muitas fábricas de tecidos? O Ceará praticamente não planta algodão e tem centenas delas. As dificuldades para atrair novas indústrias para MT já foram detectadas. Uma é o cipoal jurídico criado no estado, falam em milhares de portarias, resoluções e normas. Os empresários alegam que são tratados como futuros criminosos ou sonegadores. Culpa-se ainda o mercado pequeno, energia cara, falta de mão de obra e a infraestrutura de transporte deficitária. Por tudo isso é que fábricas daqui estariam indo para o Paraguai. Mato Grosso não pode ser eterno exportador de matéria prima. Uma gripe na China dá uma pneumonia aqui. Se a Bolsa de Valores daquele país trepida eleva a temperatura de preocupação no estado. Mostra a história que um país ou lugar não podem depender exclusivamente de bens primários em sua pauta de comércio. No passado, o Brasil foi campeão de produção de açúcar, depois café, na época da guerra entrou a borracha. Quando havia uma crise nos mercados compradores, a coisa ficava feia aqui. A Depressão econômica nos EUA na década de 1930 provocou um rebuliço econômico e político no Brasil. No caso de MT, se realmente forem concretizadas algumas medidas e ações que se falam, poderia haver mudança neste quadro. Comenta-se, por exemplo, que estaria pronto um estudo para enxugar as tantas normas e portarias que infernizam a vida de quem quer investir em indústria no estado. Fala-se ainda que estaria pronto um novo modelo de incentivo fiscal e a ênfase seria dada à cadeia de produção e não aleatoriamente. Exemplo? Algodão, fibras, tecidos, roupas e óleo do caroço. O governo federal quer unificar o ICMS e acabar com a guerra fiscal. Não se daria mais incentivos fiscais através do ICMS. O governo estadual diz que tem um modelo sendo gestado em que o estado, ao invés do incentivo direto do ICMS, entraria como sócio com quem investisse numa indústria. Não está claro como funcionaria esse modelo, se sabe que seria feito através do MT-Participações. E, por fim, tem a perspectiva do Parque Tecnológico em V. Grande e da ZPE em Cáceres. Nesta o ICMS da energia, telecomunicação e transportes seria quase zerado. Poderia importar máquinas e matéria prima sem taxações. Pagaria apenas 25% de Imposto de Renda e se tem a obrigação de exportar 60% do que se produzir na ZPE. Motivos para levar indústrias para Cáceres. Mesmo com a crise econômica criada pelo governo federal, com ZPE, novo modelo de incentivo fiscal e uma maior facilitação jurídica para investir, quem sabe MT poderia receber mais indústrias.

Alfredo da Mota Menezes 
Contato: e-mail: pox@terra.com.br ou pelo site: www.alfredomenezes.com

Fonte: alfredo da mota menezes

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