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Transporte coletivo

Transporte coletivo

16/08/2015 - 15:30

Transporte coletivo

Um dos maiores problemas do Brasil é o transporte coletivo. E não se vê, como no caso da educação, nenhum grande debate político sobre o tema. Especialistas mostram como se chegou a esse ponto. De 1930 a 1980, com a industrialização do país, milhões de brasileiros deixaram o campo ou cidades menores e foram buscar trabalho nos grandes centros. O Brasil passou de agrário a urbano. Como não tinham condições de comprar uma casa ou lote em lugares mais centrais, procuram a periferia. Era mais barato, apesar da precariedade. As indústrias e melhores empregos ficavam em lugares mais centrais e mais caros. Para chegar ali só de transporte coletivo. O governo federal lavou as mãos e entregou aos municípios a solução do problema do transporte. Os prefeitos seguiram a toada e fizeram concessão para a iniciativa e esta, como só pensa no lucro imediato, fez o que se nota pelo Brasil afora. Um transporte em que a acachapante maioria dos usuários acha os serviços muitos ruins. Tem pai que não vê o filho acordado. Quando chega em casa, ele está dormindo, quando sai na madrugada, para chegar a tempo no serviço, ele está dormindo ainda. O governo deu prioridade e incentivos enormes às montadoras de carros e criou facilidades urbanas para esse tipo de transporte e não para o coletivo. Tiram impostos de carros e dão condições para que bancos financiem veículos com até 72 meses para pagar. Com motos é quase a mesma coisa. Em Cuiabá, como exemplo, se tem algo como 170 mil carros e 65 mil motos. A pessoa melhora de vida e, como o transporte coletivo é uma tragédia, compra um carro ou moto. O tráfego se complica por aí também. Metrô ajudaria, mas a coisa anda a passos de tartaruga. O metrô de Londres começou em 1863 e tem 402 km, o povo foi indo para a periferia e o metrô foi junto e leva três milhões de passageiros por dia. O de Moscou transporta nove milhões de pessoas por dia e tem 325 km. O metrô de São Paulo começou em 1968 e tem apenas 78 km para 4.6 milhões de pessoas por dia. O do Rio leva 780 mil passageiros-dia e tem míseros 41 km Não parece piada? Em Cuiabá a frota de ônibus é velha, até goteira tem. São cerca de 370 ônibus, mais 90 micros para algo como 300 mil pessoas por dia. Tem-se em média 40 pessoas sentadas e outras 20 em pé, sem conforto nenhum. Como é que tem uma cidade quente como Cuiabá em que os ônibus não têm ar condicionado? Por que isso não é obrigatório nas concorrências? O que encabula, não só no caso de Cuiabá, é como a sociedade ainda não encontrou um meio de fazer com que o poder público encontre solução para um gigante problema da vida nacional. Um dia a casa cai.

Alfredo da Mota Menezes
Contato: e-mail: pox@terra.com.br ou pelo  site:  www.alfredomenezes.com

Fonte: alfredo da mota menezes

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