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PSDB antes e agora

PSDB antes e agora

26/08/2015 - 10:29

PSDB antes e agora

Até 2002, o PSDB era o maior partido do estado. Com a derrota na eleição daquele ano o partido cabia, como se diz, numa Kombi. Doze anos depois, com a chegada do Pedro Taques, tende a voltar ao tamanho que era. Quem sabe a lição amarga do passado sirva para o presente. Um pouco de história. Cria-se no PSDB da época dois grupos: do França e do Antero. Foi uma disputa sanguinolenta, quase acaba com o PSDB. Uma briga em que os políticos cuiabanos entregaram o comando politico do estado aos chegantes. Quer um exemplo de como a coisa estava? França ia para a reeleição de prefeito em 2000. Um grupo do PSDB indicou Guilherme Muller para a vice. França achava que, se saísse para o governo em 2002, com Guilherme na prefeitura, poderia ter problemas. Indicou Luiz Soares. Dante, governador do PSDB, não foi à convenção que homologou a candidatura do França. Como é que pode um mesmo partido ter desconfianças desse porte? Chega-se em 2002 num tiroteio infernal. A mídia só falava nisso. Cria-se uma Comissão de Entendimento para dirimir a confusa situação. Um grupo queria que se definisse o candidato ao governo por pesquisa de opinião, o outro queria prévia com os filiados. A Comissão decidiu pela prévia, França não aceitou e rompeu com o grupo. O outro lado foi buscar um desconhecido na política, Blairo Maggi. A esposa do França foi vice dele. Frente ao racha, o PSDB não fez a leitura politica correta do momento. Tanto que o Antero saiu ao governo, a vice foi a Janete Riva do mesmo PSDB. Dante para o Senado com Carlos Avalone, também do partido, como suplente. O suplente do Bezerra do PMDB, candidato ao Senado, era também do PSDB. Uma excessiva confiança num novo e incógnito quadro e momento. Na primeira semana de setembro de 2002, o Blairo passou o Antero nas pesquisas. Foi quando usaram a frase “agora, vamos apanhar o Barba”. Partiram para derrotar o Dante e eleger a Serys. A disputa antecipou a ida ao poder dos migrantes. Eles chegariam ao poder em algum ponto, mas tudo foi antecipado por causa de alguma coisa antiga e mal resolvida entre vizinhos da Rua 24 de Outubro. O lado cuiabano que ganhou com o Blairo cantou de galo de que destruiu o outro grupo. Mais tarde o Blairo deu um chute no traseiro naqueles que o ajudaram a tomar o poder. Foram, como os do PSDB, engolidos e para o ostracismo. Não importa se havia ata ou não que definia candidaturas. O que importa do ponto de vista prático é que o grupo dominante na política entregou o poder numa disputa fora da lógica da politica. Talvez a maior burrice politica que este estado já viu. Não se acredita que esse novo PSDB chegue a isso. O quadro atual mostra que, em partidos diferentes, o Pedro, Blairo e Mauro podem ir juntos até a eleição de 2018. Depois inevitavelmente se separam.

Alfredo da Mota Menezes.
Email: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

Fonte: alfredo da mota menezes

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