Uma de Brasília. Foram aprovadas no Senado por grande maioria, 58 a 13, a cláusula de barreira e a proibição de coligação nas eleições proporcionais. A cláusula de barreira já valeria para a eleição de 2018. Um partido teria que ter pelo menos 2% dos votos válidos em 14 ou mais estados brasileiros.
Se não atingir esses números não teria direito ao fundo partidário e o horário gratuito de rádio e televisão. Não seria proibido de existir, mas sem aqueles dois ingredientes supostamente morreria de inanição.
Não haveria também mais coligações na proporcional a partir de 2020. A coligação ainda existiria na eleição de 2018, só na de vereadores é que a proibição começaria a vigorar. É a classe politica em Brasília, como sempre, se preservando.
Quer outro exemplo de como a classe politica não busca reformas profundas no sistema político nacional? Para fugir à cláusula de barreira, os partidos poderão se juntar em Federações Partidárias com a obrigação de ficarem juntos depois da eleição.
O partido que deixasse a Federação perderia o fundo partidário e o tempo no horário gratuito. Falam que essa invenção seria para beneficiar os partidos ideológicos e históricos. Mas vai acabar beneficiando todos partidos pequenos. E se os partidos se juntam na tal federação para terem aquele número mínimo de votos pelo país? Continuariam a existir.
Ah, mas a nova lei diria que se tem que ter afinidade ideológica para juntarem. Qual partido tem base ideológica? Qualquer um junta com qualquer um. O que vai haver de federação partidária não é brincadeira. Como sempre ocorre, não parece que seja para valer a tal reforma.
Uma de MT. Já se formam grupos para a eleição de 2018. Para a administração Taques deve ir Ana Carla Muniz do PPS, esposa do Percival. Quem sabe o governador vai se aproximar também do Zé do Pátio em Rondonópolis. Se ocorrer, teria ali suporte do Percival, Zé do Pátio e Rogerio Salles em suposta oposição a Wellington, Bezerra, Sachetti e Blairo.
Fala-se que também devem ir para o governo Taques, Leonardo Albuquerque do PSD e Leonardo Oliveira do PSB. O Pivetta, PSB, já indicou o Secretario de Saúde estadual. Outros nomes do PSB devem fazer parte do governo.
Não se falou ainda em nome do DEM no secretariado, mas há um entendimento maior entre o Taques e o outro lado da ponte. Ele apoiou Lucimar Campos à prefeitura, contrariando até candidatura de seu partido no município. Wilson Santos do PSDB comporia também o secretariado. Há uma aproximação interessante entre o Wilson e o Taques depois da RGA e da eleição na capital.
Emanuel Pinheiro quer gentes do PSB em seu secretariado. Tentativa de puxar o Mauro para o outro grupo? E as lideranças do seu partido no governo Taques? Ele vai ter que definir, não dá para acreditar que fique em cima do muro até às vésperas da eleição de 2018.
Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com
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