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Hidrovia Paraguai-Paraná

Hidrovia Paraguai-Paraná

22/03/2017 - 10:11

     Em Cáceres, nos dias 23 e 24 de março, haverá amplo encontro sobre a Hidrovia Paraguai-Paraná. Deve contar com as presenças dos govenadores de Mato Grosso e de Santa Cruz de la Sierra. O momento é o ideal, é que a ZPE em Cáceres deve sair e com ela reacende toda conversa sobre a hidrovia e o porto em Morrinhos. A hidrovia passa nos países do Mercosul, sai no Atlântico e a ZPE é para exportar.

Esta coluna está nessa peleja desde a década de 1980. Quer um pouco dessa história? Entre no site www.alfredomenezes.com, escreva hidrovia na barra em cima e se pode acessar cerca de 50 artigos sobre esse exclusivo assunto.

     Tento de memória trazer alguma coisa da discussão sobre a hidrovia e o motivo da interrupção dos trabalhos para tê-la como meio de transporte na integração na América do Sul.

     Dou um salto na história e concentro no governo Dante de Oliveira. O governador se movimentou para a construção de um novo porto para a hidrovia em Morrinhos. Lugar onde o rio Paraguai recebe dois afluentes e a profundidade aumenta. Com o porto ali se fugia da sinuosidade até Cáceres, lugar onde ficam as pousadas e o turismo é maior.

     Dante foi duas vezes à Argentina, numa conversou com o presidente do país, Fernando de la Rua sobre a hidrovia. Noutra com o governador Carlos Reutemann em Rosario no maior porto da hidrovia. Nessa viagem, como convidado, foi a Mar del Plata no encontro anual da associação industrial argentina, nunca um governador brasileiro falara ali. Leu também uma mensagem de FHC. Tudo por causa da movimentação pela hidrovia.

     Conversou ainda com o presidente da maior companhia de navegação fluvial do mundo, com base no rio Mississippi, que tem empresa de navegação no Prata. Essa empresa construiria o porto em Morrinho. O norte americano foi lá para ter essa conversa.

     O escritório de Renato Pavan em São Paulo foi contratado para fazer o projeto do porto. O que foi feito com maquete e tudo. As margens do rio Paraguai permaneceriam intactas, grandes polias transportariam a soja para as barcaças no rio. As barcaças, diferente de antes, viajariam entre boias virtuais, inclusive à noite, e não tocariam nas margens. Poderia, se fosse o caso, serem construídas lá na Argentina embarcações especiais para esse trecho do rio.

     A apresentação desse projeto em Cáceres, talvez no mesmo o lugar do encontro desta semana, foi impedida por um Oficial de Justiça que bradava uma decisão da Justiça Federal que não permitia nem apresentar o projeto.

     Em 13 de dezembro de 2000, com pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal em MT decidiu que nenhum órgão poderia dar nenhuma licença ambiental para a hidrovia. E, absurdamente, decidiu que para construir o porto em Morrinhos deveria ter um relatório de impacto ambiental de Cáceres até a Foz do rio Apa, já na divisa com o Paraguai. Continua essa história no próximo artigo.

Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

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