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Armando Manzanero deixa obra imortalizada em vozes do Brasil pela natureza romântica do bolero

Armando Manzanero deixa obra imortalizada em vozes do Brasil pela natureza romântica do bolero

Foto: Reprodução / Instagram Roberto Carlos

Armando Manzanero deixa obra imortalizada em vozes do Brasil pela natureza romântica do bolero

29/12/2020 - 08:21

Pela própria natureza romântica, o bolero sempre foi gênero musical entranhado no cancioneiro brasileiro – inclusive por ser vizinho do nacionalíssimo samba-canção. Essa natureza sentimental do bolero explica a forte associação da obra do compositor mexicano Armando Manzanero (7 de dezembro de 1934 – 28 de dezembro de 2020) com vozes do Brasil.

Morto aos 86 anos nesta segunda-feira, 28, vítima de covid-19, Manzanero sai de cena como artista referencial do bolero, gênero musical cubano que contagiou o mundo ao ser adotado pelo México, país desse compositor que também era cantor e produtor musical, tendo dado voz às próprias criações.

No Brasil, os boleros de Manzanero ganharam as vozes de grandes cantores, a partir dos anos 1960, às vezes no original em espanhol, muitas vezes em versões em português escritas por nomes como Paulo Coelho.

Antes de se consagrar como escritor, Coelho verteu o bolero Me vuelves loco para Elis Regina (1945 – 1982). Feita pela cantora em 1981 para a trilha sonora da novela Brilhante (TV Globo), a sensual gravação do bolero Me deixas louca foi o último registro fonográfico de Elis.

Antes, Nazareno de Brito vertera Contigo aprendi (1967), bolero apresentado ao Brasil em 1968 nas vozes do Trio Irakitan e do cantor Lindomar Castilho antes de ser gravado por cantores como Altemar Dutra (1940 – 1983) e Simone, intérprete que chegou a gravar três composições de Manzanero (Voy a apagar la luz, Mía e Adoro) em álbum em espanhol, La distancia (1993), feito para o mercado hispânico.

Outro bolero de Manzareno que ganhou várias vozes brasileiras foi Esta tarde vi llover. Roberto Carlos o gravou em 1979 com a letra original em espanhol. Anos antes, a versão em português de J. Barroso, Esta tarde vi chover, chegara ao disco nas vozes dos cantores Demétrius (1942 – 2019) e Nelson Gonçalves (1919 – 1998) em 1964 e em 1968, respectivamente.

O mesmo Roberto Carlos assinou a versão em português de Yo te recuerdo, Eu me recordo, gravada pelo cantor em 1974, ano em que Roberto também gravou Yo te recuerdo no original em espanhol para disco direcionado ao mercado latino de língua hispânica.

Quatro anos depois, o recorrente Roberto gravou Por fin mañana em espanhol no álbum brasileiro de 1978, em mais uma contribuição para popularizar no Brasil os boleros de Manzanero, que produziu álbum dedicado pela cantora Joanna ao gênero, Intimidad (1998).

A lista de cantores do Brasil que gravaram o cancioneiro de Armando Manzanero é extensa e inclui Alcione (Todavia, em 2011), Emilio Santiago (1946 – 2013) (Contigo aprendi em 1981, Só me faltas tu em 1997 e Esta tarde vi llover em 1998), Gal Costa (Contigo aprendi, em 2001, em versão em português de Geraldo Carneiro), Ivan Lins (Esta tarde vi llover, em 2002), Joyce Moreno (Esta tarde vi llover, em 2009), Leny Andrade (medley com Contigo aprendi e Esta tarde vi llover em 1985 e Mía em 2010) e Sidney Magal (Travessuras, em álbum obscuro de 1982), entre outros nomes.

Como o bolero e como o romantismo, o cancioneiro de Armando Manzanero é imortal e sobrevive ao compositor que hoje sai de cena.

Fonte: G1 POP & ARTE

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