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Congresso e manobras para reeleição

Congresso e manobras para reeleição

06/09/2018 - 10:29

     Fatos seguidos mostram que os parlamentares em Brasília, ao longo dos anos, criam sempre leis, atos e novas alternativas visando sempre suas reeleições. Quando colocados um ao lado do outro se percebe a esperteza do conjunto da obra.

     Criaram a emenda parlamentar ou um recurso público para irrigarem suas bases eleitorais. Um deputado federal ou senador tem direito a 15 milhões de reais de emendas individuais por ano. E podem fazer 25 emendas por ano ou 100 em quatro anos.

     Em quatro anos de mandato eles têm 60 milhões de reais e podem destinar emendas para 100 lugares ou entidades diferentes. Se dividirmos aqueles 60 milhões, tomando o caso de Mato Grosso como exemplo, um parlamentar federal poderia destinar 600 mil reais para 100 municípios do estado. É ou não é uma enorme ajuda para uma reeleição?

     Outro meio criado. Um partido tem espaço durante o ano em televisões e rádios e quem mais se beneficia são seus dirigentes, no geral deputados e senadores. Outra vez o contribuinte está ajudando o parlamentar com recurso público porque as emissoras não fazem isso de graça. Recebem benefícios fiscais para isso. Dinheiro que deixa de entrar nos cofres públicos.

     Mais uma ajuda: o atual financiamento público para a eleição. Dinheiro para que parlamentares se beneficiem na busca da reeleição.

     Tem mais ainda. Inventaram a coligação partidária. Os partidos se juntam e quem, no geral, leva a melhor são os caciques da política por serem mais conhecidos e terem mais recursos para uma eleição.

     Os partidos menores, com nomes não conhecidos, somam votos na coligação para o grandão na cabeça que, na maioria das vezes, é um deputado federal buscando reeleição. E a coligação ainda leva o tempo na rádio e televisão dos partidos pequenos para ajudar os grandões.

     Para essa eleição criaram mais coisas para dar suporte à reeleição. Diminuíram o tamanho da campanha eleitoral e o tempo de propaganda eleitoral. Os mais conhecidos são os que já têm mandatos. Impedem a renovação.

     Os candidatos menos conhecidos teriam que ter mais tempo de exposição justamente para se fazerem conhecidos. Os que possuem mandados nem precisam de muito tempo para se mostrar.

     Com tantos atos, artimanhas e apoios financeiros um parlamentar federal que perde uma reeleição é muito incompetente, não é não?
Quer mais ainda? Essa outra esperteza beneficia a toda classe politica, não somente para reeleger alguém. Os Tribunais Eleitorais funcionam com leis aprovadas pelo Congresso. Com as leis que temos e as muitas brechas para manobras eleitorais quase nunca os que têm mandatos são punidos. É uma raridade quando acontece um caso.

     É muito difícil pegar o mal feito eleitoral no ato. Não se tem meios para isso. Quem deveria criar esses meios não tem interesse em criá-los. Até usam aqueles tribunais como escusas quando são apanhados num ato errado. Na frase conhecida: minhas contas foram aprovadas pela Justiça eleitoral.

Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

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