Como o tempo passa, né?

Os nossos filhos já estão na fase adulta...alguns já estão casados…e vejam só: muitos de nós, já somos avós.

E mexendo em minhas “gavetas” de memorias, encontrei muitas lembranças de 1991.
Uma delas, o disco do Legião Urbana com o titulo “V”- ou cinco em números romanos.
Um álbum que reflete momentos conturbados na banda; a doença de Renato Russo, que descobriu que era soro positivo em HIV. O momento conturbado na política brasileira, com governo Collor envolvido em corrupção e preste a sofrer o Impeachment (olha o filme se repetindo 25 anos depois)
.

Embora muitos não concordem a música fala exatamente sobre os problemas vividos naquele período e sobre as dificuldades de um jovem que entrava na fase adulta e tentava se posicionar ante aquela sociedade, era pra ser uma música sobre a TV, mas não foi assim (Palavras do próprio Renato).
Talvez, a novela VAMP (exibida na época) a qual ele se refere em uma entrevista, tenha servido apenas de gancho para o que a música se tornasse um grande sucesso.

A música também é uma analogia usada por Renato Russo para denominar nosso Congresso Nacional, cujos representantes não passam de atores representando o papel de defensores do povo, tal qual em um Teatro, mas na realidade não passam de sugadores (Vampiros), que usam os seus cargos para atuarem como sugadores do dinheiro público. A música segue a mesma linha de Índios, Que país é Este, Há Tempos... como o próprio Renato diz
-“Essas músicas falam das mesmas coisas, os problemas da nação e os conflitos pessoais e internos vividos pelos jovens.”
No sucesso que você não esquece, de 1991: Teatro dos Vampiros, Legião Urbana.