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Enem e desdobramentos

Enem e desdobramentos

10/06/2015 - 08:19

Sexta feira terminou o prazo de inscrições para o Enem ou Exame Nacional do Ensino Médio. Cerca de nove milhões de inscrições, número menor que em 2014 que ultrapassou 9.5 milhões de inscritos. O Enem foi criado em 1998 no governo FHC. A intenção era avaliar o ensino médio e em cima dos resultados criar politica educacional especifica para esse setor do ensino. Em 2009, no governo Lula, o Enem tomou um rumo mais abrangente. Com a nota do Enem, estudantes se inscrevem no Sisu ou Sistema de Seleção Unificado que seleciona estudantes para as universidades públicas. Muitas aceitaram, outras não e o governo foi criando mecanismo e incentivos, até financeiros, para aquelas que aderissem ao sistema novo. O Enem cada dia mais substitui o antigo vestibular. Tem universidade que aceita uma parte dos estudantes pelo Enem e outra no vestibular tipo antigo. O estudante escolhe dois cursos de graduação em faculdades e lugares diferentes. Em todas as universidades seus cursos tem uma nota de corte. O Enem do estudante pode servir para essa, mas não para aquela universidade e curso. A nota de corte varia constantemente, é uma agora e pode ser outra daqui a pouco. A maior nota de corte até poucos dias atrás era a da Faculdade de Direito de Universidade Federal Fluminense com 827 pontos para entrar. Na UFMT-Cuiabá, Medicina, Direito e Engenharia estavam pedindo mais de 780 pontos. O Enem serve ainda para o Prouni ou Programa Universidade para Todos. Dá bolsas integrais ou parciais em universidades particulares para estudantes de baixa renda. Tem que ter um mínimo de 400 pontos. O Enem serve também para o Fies ou Fundo de Financiamento Estudantil. É um empréstimo. Terminado o curso, o formado irá pagar o empréstimo com juros entre 3% e 4% ao ano. Também o programa Ciência Sem Fronteiras, que mandam estudantes para universidades no exterior, principalmente nas áreas de exatas, usa o Enem. Pode servir o Enem ainda como certificado de conclusão do ensino médio. As escolas particulares estão se saindo melhores no Enem do que as públicas. Redação é o grande problema. No ano passado, em seis milhões de redações, somente 250 alunos tiveram nota máxima e mais de 500 mil tiraram zero. Tem críticas ao sistema criado ao redor do Enem. Com o Prouni e o Fies as universidades particulares acabaram com as inadimplências e se enriquecem com dinheiro público. Um dado recente sobre o Fies é que muitos estudantes estariam desistindo dos cursos, a tal evasão escolar. É difícil que pague o governo o dinheiro que tomou emprestado antes. A UFMG alega que o Enem estaria elitizando aquela universidade. O número de alunos com mais de cinco salários mínimos domina. Para equilibrar dizem que vão usar o sistema de cotas para minorias e estudantes de escolas públicas.

Fonte: Alfredo Menezes - alfredo.menezes@centroamericafm.com.br - www.alfredomenezes.com

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