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Ferrovia transoceânica

Ferrovia transoceânica

20/12/2016 - 10:37

     Mato Grosso pode ficar de fora da ferrovia transoceânica, aquela dos chineses. Jornais bolivianos mostram um novo traçado dessa ferrovia. O traçado que conhecemos é aquele que viria do Porto de Açu, no Rio, a Uruaçu, Lucas, Porto Velho, contornava totalmente a Bolívia e chegaria ao porto de Ilo no Peru.

     Além dos jornais outras fontes também mostram o novo traçado e MT ficaria de fora e não se vê nada nem ninguém falar sobre isso. O novo traçado que aparece em muitos mapas, um até com legendas em francês, mostra que podemos ficar de fora da maior obra da América do Sul. Um estado que, em tese, teria que receber a ferrovia porque tem muita produção no campo.

     E o novo traçado, se ficarmos aqui chupando dedos, beneficiaria em primeiro lugar o Mato Grosso do Sul. A mesma região que já tem rodovia asfaltada para a Bolívia, aqui não. A mesma região que no passado teve a ferrovia até Campo Grande e os cuiabanos sempre ficam reclamando daquele fato. Agora, se nada for feito e se a ferrovia vier, pode ocorrer a mesma coisa. Aí os caras do MS é que vão falar “chupa essa manga” para os daqui.

    O novo traçado que o governo da Bolívia alardeia que já está consolidado? A ferrovia sairia de Santos para Araçatuba, daí a Campo Grande, vai a Puerto Suarez ali perto de Corumbá, entra na Bolívia e ruma para Santa Cruz de la Sierra, sobe para Cochabamba e vai a Ilo no Peru. Que sua distância seria de 3.500 km e que custariam oito bilhões de dólares.

     Talvez uma alternativa, para MT não ficar de fora, fosse pegar o traçado anterior, aquele que vem de Açu passando por Lucas, e de Lucas ou de Porto Velho cortar a Bolívia, não contorná-la ou deixá-la de fora como naquele traçado.

     Sei lá se é o correto, o que não se compreende é como a Famato, Ampa, Aprosoja, Fiemt, movimento pró-logística, universidades, mídia, governo do estado não dizem nada. Um silêncio inexplicável. Deveria falar até para dizer que tudo não é verdade, seria apenas invenção do governo boliviano para ter os trilhos passando por lá também.

     Dizer que o governo da China já confirmou isso ou aquilo. Que fulano da embaixada da China disse que Evo Morales está sonhando. Ou, pelo contrário, confirmar tudo que o governo boliviano diz. As tradings não vão falar nada porque teriam interesse em outra ferrovia, aquela de Sinop a Miritituba.

     A coluna continua a bater na tecla de que esse assunto mereceria um grande debate em Cuiabá. Trazer gentes da embaixada da China, Peru, Bolívia, governos do Acre e Rondônia, entidades de classe, governo do estado, representantes das tradings, universidades, para discutir um tema de fundamental importância para o futuro do estado. A verdade é que todo esse silêncio anda fazendo muito barulho. Acorda, MT.

 

Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

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