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Meio ambiente, nossa bomba atômica

Meio ambiente, nossa bomba atômica

09/07/2020 - 15:28

     Países do mundo, principalmente da Europa, montam cerco ao Brasil sobre a questão ambiental. Falam em desmatamento na Amazônia e no cerrado, de incêndios, de produção agropecuária sem cuidados ambientais. Exemplos recentes desses recados.

     Grupo gigante de investimentos, com carteira de cerca de quatro trilhões de dólares ou mais 20 trilhões de reais, mandou cartas às embaixadas do Brasil na Europa chamando a atenção para o desmatamento na Amazônia e no cerrado. Dizem que podem, não só deixar de investir no Brasil, mas também desinvestir ou levar embora o que já investiram aqui.

     Grupo de criação de peixes da Noruega não vai mais comprar soja de empresa do Brasil, para transformá-la em alimentação para peixes, por causa de desmatamentos na Amazônia e no cerrado.

     O acordo comercial amplo Brasil-EUA, que estava sendo discutido no Congresso norte americano, não vai mais em frente. O partido Democrata emperrou o andamento do acordo por questão ambiental no Brasil e acusa o governo o Bolsonaro de outros atos também.

     O parlamento da Holanda votou contra o acordo Mercosul-União Europeia e se fala que outros países dali iriam na mesma direção. Se não for aprovado nos parlamentos estaria morta a integração entre os dois blocos econômicos.

     Os dois acordos, se ocorrer, pressionaria nossa indústria, que tem mercado cativo interno, à competição internacional. A consequência positiva seria produto de melhor qualidade e preço para o mercado interno e externo.

     É óbvio que por trás dessas ameaças sobre Meio Ambiente está o receio de outros países da forte competição do Brasil na área do agro. Vão usar o meio ambiente também.

     E aí, quais as armas que temos para o enfrentamento? Divulgação no exterior desse assunto é péssima. Nunca se mostra que o aumento de produção tem base maior em tecnologia do que no desmatamento. Enquanto ficamos nesse amadorismo, vem mais chumbo por aí. A China, o maior parceiro comercial do Brasil, tende a entrar nessa chiadeira também.

     O governo norte-americano, na disputa com a China por hegemonia mundial, acusa os chineses de não se importarem com a questão ambiental e que fazem negócios com governos corruptos. Os chineses sentiram a pancada e começam a dar atenção a esses dois assuntos que tocam de perto a América Latina. Vem coisa por ai também.

     Enfim, o cerco está aumentado e quem mais tem a perder é MT. Paraná e Rio Grande do Sul, grandes também no agro, têm outros meios de renda, como indústria e comércio mais fortes. Não é o caso de MT. Se fecharem as portas lá fora o baque aqui seria enorme.

     Esse assunto, produção econômica e meio ambiente, deveria ser pauta número um das entidades do agro aqui no estado. Até usarmos o Meio Ambiente como arma para ganhar mais dinheiro ainda.

     Hilary Clinton, quando na chefia das relações exteriores no governo Obama, em viagem ao Brasil, disse que a maior arma que o Brasil tinha para ser player no jogo comercial e politico no mundo era o Meio Ambiente. Essa é a nossa bomba atômica e não estamos sabendo usá-la.

Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

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