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Ferrovia e apatia estadual

Ferrovia e apatia estadual

18/07/2016 - 14:07

     A ferrovia Transcontinental, se vier, transformará Mato Grosso num dos estados mais importantes do país. Não é ufanismo piegas, não. Pelo seu traçado se vê a importância que os chineses e o governo federal estão dando ao estado. O Brasil, desde as caravelas de Cabral, é voltado para o Atlântico. A ferrovia, tendo MT como eixo, puxa para o Pacífico e o mercado asiático.

     Quando há notícia sobre esse empreendimento quase não se vê ninguém aqui falando sobre isso. Saiu longa matéria num jornal de circulação nacional sobre andamento dos estudos da ferrovia. Só um blog aqui a publicou. E é um assunto que, se resolvido, catapultaria esse estado para um lugar de destaque na América do Sul.

     O estudo publicado diz que a ferrovia seria construída em nove anos e transportaria 23 milhões de toneladas de carga, podendo chegar a 53 milhões 25 anos depois.

     Já se aplicou 200 milhões de reais em estudos de viabilidade e o grupo chinês que trabalha nele conclui que a “ferrovia seria economicamente viável”. Um dos itens já definido é que a ferrovia cruzaria os Andes numa altitude de 2.050 metros. O traçado dá uma volta de 600 km justamente para não passar por lugares com mais de quatro mil metros de altitudes.

     A ferrovia é tratada pelo Brasil, no seu trecho interno, de forma independente. Se sair só o trecho interno, MT ganha do mesmo modo. Viria de Campinorte para Lucas, daí para Sapezal e no rumo de Rondônia. Dali vai continuar para o Acre e depois Peru.

     Mas, ao chegar em Rondônia, se estaria no rio Madeira. Navegando nele se vai até Itacoatiara, base do grupo de navegação da Ammagi. Chegando ali se pode ir a qualquer lugar do mundo. A Ammagi ganha com isso também.

     Os estudos sobre transportes na região, sempre colocando MT em primeiro lugar, preveem que 37% da carga sairiam pelo Pacifico. Que 51% iriam para o litoral sul do Brasil e somente 12% pelo Norte. O governo federal e o do Pará trabalham para que se tenha mais carga para o Norte.

     Se for observado que há a possiblidade de ter a Ferrogrão, além do asfalto na rodovia 163, é óbvio que se vai querer mais carga para o Norte.

     Por que 51% de carga para o litoral sul? Iria por rodovia e pela Ferronorte? Não seria mais lógico se parte disso saísse pelo Norte com a Ferrogrão e pela 163? Ou os estudos não estão levando em conta a construção da Ferrogrão, mas somente o asfalto na 163? Também não poderia ir pelo rio Madeira até Itacoatiara e dali para o Atlântico? Sei lá, respostas virão com estudos detalhados.

     Mas, enfim, quando se observa o que se fala, escreve ou o que estudos preliminares mostram vê-se que a ferrovia Transcontinental é construída em torno da produção de MT, a de agora e a do futuro. Por isso encabula a apatia estadual sobre esse assunto.

Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

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