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Esquisitices eleitorais

Esquisitices eleitorais

13/04/2017 - 08:33

     Tem nova proposta no Congresso para mais uma reforma política. Não há algo definitivo para que qualquer criança do ensino básico soubesse como funciona o processo eleitoral no país. Vejam as esquisitices que o Congresso está propondo para começar a valer na eleição do ano que vem.

     As eleições de 2018 e 2022 seriam em lista fechada para deputados. Lista fechada é aquela que o eleitor votaria na lista de candidatos do partido. Na cabeça da lista estarão os atuais deputados, claro.

     Na eleição de 2026 seria acrescentado o voto distrital. O eleitor, a partir dali, escolheria metade dos deputados em lista fechada e a outra no voto distrital. O estado, como exemplo, seria dividido em 24 distritos (número de deputados estaduais) e cada partido lança um candidato no distrito.

     Por que, deus do céu, complicar o assunto? Por que não se faz o voto distrital e pronto. Aí o aluno do ensino básico saberia como funciona a eleição no seu país.

     A partir de 2018 se buscaria, em eleições diferentes para os parlamentos e executivos, um caminho para unificar todas as eleições até o ano de 2038. A partir dessa data, a eleição seria única de vereador a presidente.

     Numa eleição assim se discute um buraco de rua, assunto de um candidato a vereador, com o novo modelo econômico, tema de um candidato a presidente. Outra confusão para o aluno do exemplo. Feita a transição, o mandato do executivo seria de cinco anos, sem reeleição. Talvez a única coisa interessante da tal reforma.

     Querem na reforma acabar com os vices de todos executivos. Se o prefeito morrer assumiria o presidente da câmara ou teria outra eleição? Mais confusão no terreiro eleitoral. Deviam acabar era com os suplentes de senadores. Hoje no Senado os suplentes representam mais de 20% da casa.

     Financiamento de campanhas seria 70% público e 30% da iniciativa privada. O setor privado só poderia doar até o máximo de seis salários mínimos. Arrumam o dinheiro público para os caciques serem reeleitos e deixam uma brecha para que o caixa dois entre nas doações privadas e outra vez quem se beneficia são os grandões dos grupos políticos.

     A reforma prevê ainda a extinção das coligações, aquela em que gente vota em um e elege o outro. Mas a tal reforma prevê no lugar da atual coligação a criação da federação partidária. É nada mais que outra coligação entre partidos do mesmo jeito da que seria extinta, incluindo levar para a federação o tempo do horário gratuito que o partido tem. A única diferença é que os que coligaram teriam que ficar juntos depois de eleitos por cerca de três anos ou até as próximas convenções partidárias.

     É reforma ou é brincadeira? O Congresso está descolado da realidade brasileira. No Brasil a classe politica não obedece à maioria. Fazem o que querem com os bobões que somos eu e você.

Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com

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