Existem sinais de mudanças positivas na aviação regional no estado. Aeroportos em Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Alta Floresta e Sorriso já estão no radar de conexões aéreas. Outros como Cáceres, Tangará, Juara, Juína podem também sonhar com essa ligação.
Talvez se possa dizer que o começo foi em 2002 quando o governo Dilma acenou com um plano de investimento de sete bilhões de reais para 270 aeroportos pelo Brasil, de Mato Grosso seriam 13. No plano do ideal se dizia que a maioria da população do país tivesse um aeroporto num raio máximo de 100 km de onde morava.
Veio também subsidio para empurrar os voos regionais. Um fundo do governo federal subsidiaria até 50% dos assentos de uma aeronave, com um limite de 60 assentos. Se, digamos, vendessem 20 passagens o fundo pagaria outros 20 assentos. Uma ajuda substancial, na verdade.
Outro empecilho no meio da sonhada viagem é que o custo de uma aeronave com voos regionais é 31% mais caro por quilometro do que os entre capitais. Mais um? O litro do combustível é quase o dobro do preço na região Amazônica se comparado com o de São Paulo.
Veio outro apoio. Em Mato Grosso, como exemplo, nos 25% de ICMS cobrados sobre o querosene o governo criou um plano para reduzi-lo de 20 até 84% de acordo com os tipos de voos. No internacional a isenção chega a 100%. Combustível é 40% do custo de um voo.
Mas a euforia regional tem agora problema a enfrentar. O governo federal cortou de 270 aeroportos para 176 que receberiam recursos. Agora abaixaram mais ainda, ficando somente 53 como prioritários. A partir do ano que vem, daquela montanha real ou fictícia de dinheiro criado no governo Dilma, deverá ser investido somente 300 milhões pelo país.
A classe politica do estado tem que correr atrás de um pedaço disso para alguns aeroportos do estado. Não vai dar para todos.
Fala-se também em concessão de aeroportos. A ideia seria que quem ganhasse o de Várzea Grande, supostamente rentável, levasse os de Sinop, A. Floresta, Barra e Sorriso. Ninguém sabe se vai ter interessado.
O governo do estado acredita que o aeroporto Marechal Rondon poderia ser um HUB ou o lugar de conexão de voos que viriam do interior, mais Rondônia e até de Santa Cruz para ligar a qualquer lugar do Brasil. O centro disso, se ocorrer, seria ali em Várzea Grande.
Aviação é algo que se deve olhar com cuidado se for levado em conta o que foi publicado por revista especializada: em 2015, ela gerou em MT 61 mil empregos, pagou 581 milhões de reais em salários e 253 milhões em impostos.
Se aumentarem os voos dentro do estado, se o Marechal Rondon for um centro de conexão regional, nacional e até internacional, surgirão mais empregos e salários e o governo arrecada mais. É hora de remar nessa direção.
Fonte: Alfredo da Mota Menezes e-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com
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